quinta-feira, 17 de março de 2011

Poema da Madrugada - Urbano e Só.




Enfim se desfazem os nós do dia
Virou-se o calendário e o manto escuro abate os números
Não importa se com ou sem lua ou estrelas
Se com ou sem piedade



Aqui os ruídos amplificam-se para agredir o covarde
E ampliar o medo
Passos lentos e despretensiosos atrás de você
Névoa fina e sombria
A vida lhe pertence até a próxima quadra
A porta se abre e a sua mobília cresce em sombras desajeitadas
Não se encontra, vontade de voltar
Cansa dos teus trabalhos mesmos e sórdidos
Tua pele está esfriando com o suor da caminhada
Enfim, você está só
Pode dizer qualquer coisa, não haverá resposta
Se houvesse, você não ia querer ouví-la.
Durma, daqui a pouco a luz do sol entrará no teu quarto
para cobrar a dívida pela noite de descanso.

Boa sorte.

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