Zach Snyder nos dá agora uma versão estilizada de um cinema moderno e cheio de efeitos. Sucker Punch teve a conversão para 3D cogitada, mas o próprio diretor vetou a idéia. É importante que, neste sentido, todos saibam que a versão 2D não deixa nada a desejar, mas também é bom considerar que a dinâmica do filme em 3D ficaria de dar ataque cardíaco. Algumas sequências de ação foram exageradas, para demonstrar a imensa dificuldade de Baby Doll (Emily Browning), e acabam por fazer mais barulho que o necessário para um filme de ação.
Mesmo assim, destaca-se a dinâmica de vídeo-clip que dá o contorno da história, e logicamente sua trilha sonora., com prazerosos momentos com a doce voz de Bjork, ou até mesmo da própria Emily Browning, com sua versão para a oitentista Sweet Dreams (Are Made of This) do Eurithmics, ponto para Snyder. Dramaticamente falando, impressiona o vilão Blue (Oscar Isaac), e Madame Gorski (Carla Gugino). No mais, uma loira Emily Browning que é comparável à Paris Hilton, e assusta a semelhança em determinados quadrantes, Vanessa Hudgens também está no mesmo nível, com a diferença de que não é a protagonista da história (nem temos uma patricinha famosa para comparar com ela). É sempre difícil compensar os desmandos dramáticos, mas Snyder tem esse dom, afinal ele fez o filme 300 acontecer, e um espartano é sempre um espartano. Para concluir, o direcionamento do filme é um pouco confuso, num momento ele lembra uma aventura para nerds fãs de games, no outro, toma proporções de drama psicológico e violência que estes mesmos nerds não engoliriam tão facilmente, e para completar, o apelo sexy da história torna a mensagem opaca. Divertido e vale o ingresso para quem gosta de bons efeitos, no mais é dispensável.
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