sábado, 11 de junho de 2011

Hora do Café - Africanos são elogiados

Beth Nobrega/Allan Luis Pereira 



Na Etiópia e no Quênia, a tradição do café se mistura à cultura local gastronômica através das combinações. Abaixo a transcrição da matéria da Revista Espresso, feita pela barista Isabela Raposeiras. 



"Os quenianos apresentaram uma acidez mais acentuada e brilhante. São cafés preparados por via úmida (despolpado), com fermentação em tanques, e colheita manual, realizada de outubro a dezembro. Ambos são top, a melhor qualificação do país; e AA (double A), que é uma referência ao tamanho do grão, equivalente às nossas peneiras maiores. Na degustação, as bebidas apresentaram aroma e sabor característicos de ácido lático, comuns nos grãos da região e que remetem ao aroma e sabor de produtos à base de leite, como iogurtes e queijos.
Já os etíopes são menos ácidos que os quenianos, mas ainda muito mais que os brasileiros. São cafés preparados por via seca (natural) com grãos cereja – em vez do boia, como é utilizado no Brasil –, e a colheita é manual e seletiva, realizada de dezembro a fevereiro. Durante a prova, destacaram-se a presença de frutas vermelhas no aroma e no sabor, além de uma doçura marcante. Os cafés foram avaliados por 12 apreciadores inscritos e pela equipe da Espresso, pelo método profissional de prova, o cupping."

Agora segue a transcrição da prova de quatro cafés, na degustação de quem entende do negócio: 

dido Aricha 2
O café apresentou uma acidez pronunciada, corpo médio e doçura muito alta; aromático e exótico, com notas intensas de frutas vermelhas queremetem ao vinho, como o morango, notas cítricas, de abacaxi maduro, maracujá, jaca e de especiarias como pimenta-da-jamaica e almíscar.
Origem: Yerga Cheffe, Etiópia
Altitude: 2.000/2.100 metros
Torrefação: Tim Wendelboe Roast master: Tim Wendelboe
Torra: clara

NdaroiniA bebida mostrou-se com uma acidez alta, mas agradável, corpo leve e doçura bastante presente; aroma de frutas vermelhas, presença de ácido lático que remete aos iogurtes de morango e notas cítricas; também apresentou uma leve adstringência.
Origem: Nyeri, Quênia
Altitude: 1.600 metros
Torrefação: The Coffee Collective
Roast master: Peter Dupont
Torra: escura

GichathainiA bebida mostrou-se com uma acidez alta, mas agradável, corpo leve e doçura presente; notas de chocolate e melaço, goiaba e cedro, presença de ácido lático que remete ao creamcheese e de um levíssimo amargor.
Origem: Nyeri, Quênia
Altitude: 1.600 metros
Torrefação: The Coffee Collective
Roast master: Paul Germscheid
Torra: escura

Idido Aricha 32O café apresentou uma acidez pronunciada, corpo médio e doçura muito alta, que lembra o mel; bastante aromático e exótico, com notas intensas de frutas vermelhas que remetem ao vinho, como o morango, notas cítricas e de especiarias como pimenta-da-jamaica.
Origem: Yerga Cheffe, Etiópia
Altitude: 2.000/2.100 metros
Torrefação: The Coffee Collective
Roast master: Isabela RaposeirasTorra: clara


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fonte:
Site Revista Expresso 

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