Allan Luis Pereira
Poucas vezes se desmentiu o sábio dito popular que afirma que um é pouco, dois é bom, e três é demais. No entanto, em se tratando de Piratas do Caribe, fica-se com a sensação de costume, e de que a qualquer momento vamos topar com Jack Sparrow, ou melhor, o Capitão Jack Sparrow nos corredores da nossa empresa tomando um café, ou ainda sentado na cadeira do chefe com os pés sobre a mesa. A verdade, no entanto, é que a simpatia da personagem já é tão comum a nós, que não há absolutamente nenhuma surpresa no quarto filme da franquia. Fica-se à mercê de uma fonte da juventude, e o grande trunfo do filme pode ser o affair mal resolvido entre Jack e Angelica, personagem de Penélope Cruz, de quem também se esperava mais, não da atriz, mas da personagem. A compensação pela falta de oscilação vem em personagens como o Barba Negra, de longe o pirata que melhor se identifica com aqueles que nos foram apresentados na infância, cruel e sanguinário. E outro destaque para as sereias, claro, cuja aparição à um grupo de homens usados como iscas para capturá-las monta uma cena inicial repleta de beleza e terror. No final, voltamos ao velho Sparrow, que terá, como sempre, um flash de ética moral e resolverá a situação-problema, do seu jeito, claro. Piratas do Caribe continua sendo uma boa opção, divertido, com a qualidade Disney de sempre, mas não espere nenhuma grande inovação no enredo, afinal, em time que está ganhando, não se mexe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem vindo e obrigado por participar!