Allan Luis Pereira
Em 4 de Agosto de 1944, um grupo de policiais alemães chegou à rua Prinsengracht, em Amsterdã. O esconderijo estava repleto de fugitivos da Gestapo, e foi descoberto através de um destes Judas, sem querer carregar o fato de ironia, pois seria um pleonasmo histórico se o traidor dos judeus escondidos se chamasse Judas.
Ali estava uma menina de 15 anos chamada Anne Frank, que foi imediatamente banida para um campo de concentração. A menina de 15 anos escreveu um diário nos tempos de abrigo, e também um pouco antes de ir para o esconderijo, chegou a relatar algumas das mudanças históricas ocorridas na região de Amsterdã, com o advento da guerra.
Uma menina de 15 anos escreveu um dos livros mais traduzidos até hoje, e com um conteúdo invejável (não li inteiro, somente algumas páginas) e uma visão bem adulta para a sua situação.
Anne Frank era uma jovem de grande valor, sem dúvida, e se conseguisse realizar seu sonho seria jornalista. Não conseguiu. Morreu jovem nas mãos dos nazistas, traída. Mas deixou-nos no seu relato um legado raro e de grande valor histórico.
As histórias com cheiro de morte nos são mais caras, mas nos tornam melhores.
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