Allan Luis Pereira
Há exatos 31 anos, nascia nos Estados Unidos um dos mais emblemáticos ( estou usando a palavra "emblemático" mas não sou jornalista, será que pode?) ícones do universo jovem, ou melhor, do universo adolescente, a Music Television, ou MTV.
O conceito e a idéia inicial, eles nunca negaram, era produzir algo sem nenhum conteúdo, somente imputando informações e músicas, vídeo clipes e no máximo os VJ's.
A idéia de não ter nenhum conteúdo foi levada bem a sério. O que intriga é que, no Brasil, a emissora pertence a um dos mais poderosos e sisudos grupos editoriais do mundo, a editora Abril, que se orgulha de ter no seu portfólio a terceira maior revista semanal de informação do planeta. Informação sempre foi e sempre será um negócio, mas escancaradamente as organizações se contradizem no que diz respeito aos famosos princípios editoriais.
No Brasil, no começo era interessante, pois quase não havia os famosos VJ's e a programação era repleta de clipes. Hoje os tais VJ's insistem em serem educadores e formadores de opinião, lançadores de modas bizarras e comportamentos idem, e assim, a prole adolescente do país vai vivendo os anos coloridos, cheios de colírios e tias de cabelo verde que insistem em parecer mocinhas.
A promiscuidade tatuada da MTV ocupa um espaço cultural precioso na mídia e na cultura, que poderia ser muito melhor aproveitado.
Se a idéia inicial era não ter conteúdo, tudo bem. O problema é que não foi muito bem explicada, e passaram a acreditar que "não ter conteúdo" significava "conteúdo ruim".
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