Caminhando só, e sempre
Estaria bem, mas não aquecido,
havia o risco da vida, e da alegria,
Na morte, qualquer anjo que viesse, servia.
Havia dor, sede e fome,
Porém não havia tristeza,
Apenas se via em todos olhos,
A fúria, contida, na beleza.
Caminhando só, e sempre,
Talvez condene a razão dos passos certos,
E busque os vôos mentais imensuráveis,
E o gozo bizarro e luxurioso da libertinagem.
Estamos bem, juntos, e sós,
Onde talvez a preferência insista,
Juntos e sós contra todos,
Até sentarmos, e esperarmos, que todos voltem,
Incrédulos, sós, e arrependidos,
Para receber o nosso perdão hipócrita, rebelde e humilhante,
Sob nossos olhares contentes e corações inflados.
Mesmo assim, continuaremos sós. Sempre.
E ao nos levantarmos do repouso indigno e sujo,
Sabemos que nos espera a resignação e o medo,
De o tempo todo agarrar-se a esperança,
De que jamais voltaremos a ser como antes.
E sabemos também que nos esperam as lembranças
Empoeiradas como um segredo sujo,
A solidão é o melhor confidente,
Mesmo assim, seguimos, sós e sempre,
Cercados de incrédulos sós e arrependidos,
No outro dia, a dor é sempre maior.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBravo!
ResponderExcluirObrigado pela força e dominância Gabriela!
ResponderExcluirAllan... Show de Bola!!!!
ResponderExcluirvaleu Samuel, fé e força!
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