Nós podíamos fazer mais. Eram apenas jovens gastando sua vitalidade em um mundo desprezível. A caminhada árdua para a diversão sombria movia sonhos e pesadelos, dos quais ninguém queria acordar. Éramos observados sempre, a inocência da justiça sempre nos preservava dos amores encantados e suas armadilhas. O brilho dos olhos da menina tentava nos seduzir à humanidade que fazia o progresso do mundo acontecer. Ela ficou esperando que mudássemos, e isso nunca aconteceu. As chances do amor estavam ocultas nas palavras, mas suas armadilhas estavam aparentes. A dor das artes sempre foi suficiente, mas alguns sucumbiram às dores do amor, sempre incessantes. A magia que arrasta multidões se fez presente naquela esquina, nos olhos da menina inocente, que até parecia justa, com a promessa de que os pesadelos acabariam. E realmente acabaram, e com eles, também os sonhos. Os que ficam, assistem pasmos às evoluções da vida para compensar a morte dos sonhos. Dá para ver nos olhos dos que foram, que nem sonhar podem mais. Dá para ver que até pesadelos seriam bem vindos pra eles. Podíamos fazer mais antes, mas preferimos lamentar agora. Quem quiser, que permaneça. Pesadelos também são bem-vindos aqui.
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