photo: AP thetelegraph.co.uk |
Há dois dias, tive a oportunidade de acompanhar pela web ao vivo os ataques na Faixa de Gaza. Não era possível identificar ao certo a localização dos jornalistas, mas já dava pra ficar impressionado com a ferocidade da ofensiva de Israel. Os ataques noturnos proporcionam aquele efeito "video-game" que se assemelha a fogos de artifício, ou algum outro espetáculo pirotécnico.
Podemos pensar que estamos muito à frente destes que lutam por terra, petróleo e por ideais religiosos, mas a verdade é que não somos melhores em nada do que eles. Matam e morrem de maneira aparentemente sem sentido, mas com uma convicção quente a respeito do que sentem, e pensam.
Uma pena estarem resolvendo isso da pior maneira, dada a cultura e conhecimento que derramam daqueles povos há séculos. O respeito pelo sagrado também é algo a se refletir, pois neste mundinho ocidental onde as religiões estão nos supermercados e a espiritualidade é apenas uma ferramenta de bem-estar, tudo é tão relativo, morno e sem graça, que até a paz que vivemos, às custas de nossa eterna ignorância, é cruel. Mesmo em paz, matamos mais do que eles, e sem nenhum motivo aparente. Enquanto eu escrevia essas linhas, Israel declarava uma trégua humanitária de 4 horas, e nestas mesmas quatro horas muitos brasileiros tombarão diante da violência. Quando a guerra por lá se acalmar, a nossa continuará, sem direito à trégua.
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