Allan Luis Pereira
Todo mundo já sabe o que Meryl Streep é capaz de fazer com qualquer personagem. E todo mundo também sabe que um filme que vai contar a história de alguém importante vai colocar essa pessoa acima de qualquer suspeita, no máximo revelando alguns pequenos defeitos, na maioria das vezes aceitáveis. Mas não é assim com "A Dama de Ferro". A história da filha de quitandeiro de virou a mulher mais poderosa do planeta na época da guerra fria é algo marcante e cheio de singularidades que expressam a vontade que o autor tem de humanizá-la, colocando-a mais próxima de nós, simples mortais que apenas a víamos como destaque nos jornais e noticiários manipulados e sem sal da América Latina. O filme é uma boa história de piedade, demonstrando o final melancólico de uma pessoa pública cuja jornada foi extremamente cansativa, perigosa e desafiadora. O filme é ótimo e não há nenhum tipo de observação em termos de roteiro, enredo, maquiagem a ser feita.
Para justificar o título desta pequena crítica, pergunto o porque de nosso país medíocre estar tão orgulhoso com a primeira mulher que chegou ao poder aqui? Leiam, ou assistam qualquer coisa sobre Margaret Thatcher, e percebam as sutis diferenças. O filme é ao mesmo tempo, a causa da inveja dos brasileiros que sonham em poder ter um político digno de ter um filme no futuro. Ah, lembraram de algum? Então esqueçam, é melhor assim.
Ah, e tirem esse filme de cartaz.
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