O dia do Músico, mais justo pela canonização de Santa Cecília, virgem e mártir é hoje. Também é comemorado em outras datas. Mas que se faça em todas elas, porém, se perceberem, este post é tardio, pois daqui a pouco é meia noite e o dia do músico acabou. Acabou para quem não é músico. Para o músico, a música começa agora a martelar suas lembranças. Cada melodia lhe recorda um momento. Enquanto muitos dizem ter uma voz interna que lhes acompanha, o músico tem acordes, músicas inteiras ressoando em seu interior, ora na razão, ora na emoção. A noite alta é sua companheira e sua desgraça. O seu sono é ornado pela preocupação em se apresentar, pelo frio na barriga, pelos olhos da platéia que nos revelam segredos aterradores. O infinito número de ensaios exaustivos compensa a subida no palco, quando parece que toca pela primeira vez, sempre. O músico é esquisito, não é floreado e sofre mesmo quando consegue ser sociável. Carrega consigo a cura e a doença e nunca vai ter todas as respostas sobre o que sua música diz. Na alma, na voz, nas mãos, nos instrumentos, na vida e na morte, cada música uma história. Escolha a sua, seu aplauso é nossa paga. Queremos ser usados até o fim, e assim seremos realizados.
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