domingo, 25 de abril de 2010

MTV - Um mal (des)necessário

Uma pauta musical. Esse seria o mínimo a se esperar de uma emissora cujo nome é Music Television. Tudo bem, algumas entrevistas, notícias, comentários até. Mas o que já foi interessante para um público formador de opinião passou a ser interessante apenas para um público filho de consumidores. E o pefil ideológico, formado por artistas ativos da permissividade e excentricidade em excesso moldam o capital editorial da MTV, contando com o apoio imensurável dos reality-shows americanos e europeus, recheados de calamidades morais.
Normal, afinal, qualquer canal de televisão aberta tem esse módus-operandi. Mas a MTV não foi concebida para ser um canal cultural? Qual é o valor de programas como o
Debate MTV, mediado por um Lobão desconfortável e como sempre falando pouco do que realmente importa, com convidados poucos preparados? Qual a utilidade do tal Acesso MTV, com duas vj's cuja dificuldade articulatória supera qualquer teleprompter? Aliás a moça do cabelo verde, ou azul, não lembro bem agora, ganhou status de celebridade, e participou do programa 1 Contra 100, no SBT e faturou 300 mil reais. Marcelo Adnet tem lá seu valor teatral, dá risada, fala besteira e o cachê é bacana. Não vamos desabonar gente como Léo Madeira, Marina Person e Cazé, nem programas como o Rock Gol, todos de uma geração que a MTV, provavelmente, não conseguirá repetir em qualidade. Programa de Moda? True Life? Qualidade de Vida? Concurso de Colírio? MTV era para ser música, informação e cultura, resta-nos saber, com seu grande poder de influência, qual a causa de tamanha degradação. Ou a audiência tornou-se desqualificada, ou foi desqualificada pelo rumo editorial. Se seu filho começar a imitar o Didiabólico, o único antídoto pode ser uma campanha que a própria MTV veiculou algum tempo atrás: " Desligue a televisão e vá ler um bom livro".

A MTV possui imagens extremamente educativas na programação.

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