Recentemente, observei a RPC fazendo uma premiação às melhores produções de teledramaturgia do quadro Casos & Causos, do programa Revista RPC, cuja longevidade já é bem expressiva, três anos.
Ótimo. A emissora produz, ou melhor, faz uma parceria com as produtoras, veicula as produções em horário pouco nobre e com audiência sofrível e realiza um "prêmio" em várias categorias para esse seleto grupo de eleitos, que podem usufruir da marca global no seu portfólio. Na matéria, não foram explicitados os critérios, nem os jurados, afinal, não era um prêmio aberto, era uma premiação interna de uma empresa, certo?
Tudo bem, toda empresa tem o direito de premiar parceiros, colaboradores e todo o seu quadro funcional por serviços prestados, metas atingidas, aniversários, etc. Convenhamos, porém, que prêmios institucionais não deveriam ser dados à produção cultural. É deselegante para um artista receber algo que não foi eleito, ou pelo menos, não foi nem fingido ser eleito pela sua audiência, pelos espectadores, enfim por aquele povo que o artista diz sempre ir aonde ele está. O valor de um prêmio como esse é mais ou menos o mesmo da seguinte situação: Você participa de um concurso de redação na sua sala. Um grupo de professores lê seu texto e você tira a nota 3,0. O vencedor tira a nota 8,0. Você não se conforma com o resultado, pega o texto vencedor e o seu texto e decide montar seu próprio concurso de redação. Num almoço de domingo na casa de sua avó, você reúne seus pais e mais um monte de tios e pede para que eles avaliem os dois textos. Eles dão nota 3,0 para o vencedor do concurso e nota 10,0 para o seu texto. Você tem, portanto, a melhor redação.
Está explicado.
Ótimo. A emissora produz, ou melhor, faz uma parceria com as produtoras, veicula as produções em horário pouco nobre e com audiência sofrível e realiza um "prêmio" em várias categorias para esse seleto grupo de eleitos, que podem usufruir da marca global no seu portfólio. Na matéria, não foram explicitados os critérios, nem os jurados, afinal, não era um prêmio aberto, era uma premiação interna de uma empresa, certo?
Tudo bem, toda empresa tem o direito de premiar parceiros, colaboradores e todo o seu quadro funcional por serviços prestados, metas atingidas, aniversários, etc. Convenhamos, porém, que prêmios institucionais não deveriam ser dados à produção cultural. É deselegante para um artista receber algo que não foi eleito, ou pelo menos, não foi nem fingido ser eleito pela sua audiência, pelos espectadores, enfim por aquele povo que o artista diz sempre ir aonde ele está. O valor de um prêmio como esse é mais ou menos o mesmo da seguinte situação: Você participa de um concurso de redação na sua sala. Um grupo de professores lê seu texto e você tira a nota 3,0. O vencedor tira a nota 8,0. Você não se conforma com o resultado, pega o texto vencedor e o seu texto e decide montar seu próprio concurso de redação. Num almoço de domingo na casa de sua avó, você reúne seus pais e mais um monte de tios e pede para que eles avaliem os dois textos. Eles dão nota 3,0 para o vencedor do concurso e nota 10,0 para o seu texto. Você tem, portanto, a melhor redação.
Está explicado.
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