2012 é um filme baseado no calendário Maia. Até aí todo mundo sabe. E também deve saber que há um documentário seríssimo da BBC sobre Yellowstone, o parque que possui a maior concentração vulcânica do mundo, e caso entre em erupção, segundo a teoria pesquisada pela BBC, o estrago seria mais ou menos aquele que vimos no filme, um pouco pior, talvez. Mas para chegarmos à tais conclusões e colocarmos tudo isso em um filme com John Cusack, com enredo enlatado e efeitos especiais incríveis. Sim, o que vale mesmo a pena são os efeitos especiais que me fizeram grudar na cadeira, tentando desviar dos prédios caindo. Desta vez, como não haviam mais torres gêmeas e a Estátua da Liberdade já está meio cansada de sofrer lesões em Hollywood, o monumento escolhido foi o Cristo Redentor, com um merchan vergonhoso da Rede Globo na tradução. Enfim, bom para quem gosta de efeitos especiais, no mais é um enlatado gigante.
Jhonny Depp manda bem, como sempre no papel de mais um gângster herói americano, o escolhido da vez é Jhon Dillinger, o camarada aí em cima, ao lado do ator. Também muito boa a trilha sonora e a atuação de Marion Cotillard, no papel de Billi Frechette, namoradinha de Dillinger. O gênero sempre agrada, mesmo com os clichês, aos fãs mais obtusos de Al Capone e Don Corleone. Muito bom.
Atividades Paranormais acompanha a tendência dos filmes "caseiros" de boa qualidade. Baixo orçamento, criatividade, uma boa idéia e uma câmera na mão fazem a receita do filme, com uma dinâmica assustadora, que usa, na verdade, os medos do próprio espectador. Sala escura, vultos nos cantos, a impressão de que há alguém atrás de você o tempo todo, ruídos na noite entre outros. O pôster avisa: Não assista sozinho. Eu assisti, durante o dia.
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