Mais uma vez estamos correndo o risco de um plebiscito. Desta vez é sobre o aborto. As pesquisas e enquetes sobre fazer ou não a consulta popular, deixam os populistas felizes da vida, com a possibilidade de fazer mais uma ação "democrática", de levar o povo às ruas, de mobilizar uma nação "soberana" para "decidir" sobre os rumos do país.
As aspas são propositais, pois a seriedade da questão não permite uma ação deste nível.Não aqui no Brasil, onde a indústria da contracepção já fatura milhões todos os anos. A decisão deve ser dos parlamentares e da indústria médica, que são pagos para isso. O popular não está pronto culturalmente para decidir sobre uma questão tão complexa, que envolve, além da vida dos embriões e das mulheres, uma prática que poderá legalizar a indústria das cirurgias piratas, feitas para satisfazer a opinião e a boa imagem de adolescentes irresponsáveis, maridos cafagestes, prostitutas descuidadas e as pobres vítimas de estupro, que também se descuidaram nos horários e locais por onde andaram e da roupinha sexy que vestiram.É uma nação que quer mais sexo e menos filhos, e está colocando a culpa pelas suas taras nos fetos indefesos. Definitivamente, deixar que o povo decida, é um erro, e o preço será alto.
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