segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dia Internacional da Liberdade de Imprensa - Breve Reflexão

Hoje celebra-se a Liberdade de Imprensa, e como crítico e usuário constante da mesma, permito-me fazer essa breve reflexão.

Há quatro anos mantenho, aos trancos e barrancos este espaço, semi-democrático de expressão do meu ponto de vista e divulgação de valores culturais. O Blog Contratextos (link aí ao lado, nos parceiros culturais) começou com o meu nome (allanluispereira.blogspot.com) e depois foi alterado, pois percebi que eu não falava do meu dia a dia, mas sim do dia a dia da comunicação e do que era notícia, sempre de uma visão inversa ou ácida, por isso o nome. O fato é, que sem a tal liberdade de imprensa (não confundir com liberdade de expressão) eu jamais poderia manter essas páginas, pois a imprensa me gera um farto material, bom ou ruim, para que seja analisado criticamente e gere essa discussão cultural à qual me tenho proposto através destes blogs.

Deixando claro que, apesar de todas as confusões que o mercado promove, blogueiro não é jornalista, não é publicitário, não é nada, é blogueiro. Logicamente que algumas vertentes profissionais têm mais afinidade com estas ferramentas, mas nada impede que qualquer cidadão alfabetizado e digitalmente incluso tenha seu "diário virtual" ou sua "ferramenta de microblog".

Digo isso para chegar a um ponto crucial que meus amigos e profissionais de jornalismo sempre abordam, a polêmica não obrigatoriedade de formação para jornalistas. E como, digamos, um usuário "avançado" que me considero das notícias em geral, sinto-me na obrigação de me posicionar a respeito: Sim, sou a favor da obrigatoriedade do diploma.



UMA PAUSA - Enquanto escrevo este artigo, o jornal o Estado de São Paulo completa 276 dias sob proibição de publicar as matérias referentes à investigação da operação Faktor, da Polícia Federal, em cujas irregularidades está envolvido o filho do cidadão José Sarney, que dispensa apresentações. Clique na imagem acima e vá ao blog da Tuka Scaletti para saber mais.


Mas por outro lado, considero a formação de jornalistas no Brasil algo distante da realidade do mercado, afinal, quem os contrata é o mercado, e não a "sociedade", como constantemente a questão é abordada. Indepente das mudanças que o ensino do jornalismo deve sofrer, e isso é assunto para outro artigo, o diploma universitário (no mínimo) deve ser requisito para a contratação. Caso contrário, estamos sujeitos à transformar a nossa já suspeita Liberdade de Imprensa em Libertinagem de Imprensa. Se é que já não o fizemos.

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