quarta-feira, 13 de julho de 2011

Editorial - Dia do Rock

Neste dia do rock, apenas algumas palavras sinceras. Dia do Rock é todo dia, e hoje é apenas um daqueles em que costumamos lembrar de alguns roqueiros mais famosos. Mas o importante é termos a consciência de que não estamos diante de mais um gênero musical, e sim de uma cultura construída com força e dinâmica. A cultura rock, ao contrário do que se parece, não é assim tão democrática, mas exime-se de qualquer preconceito. Isso por que se isola em alguns parâmetros que um indivíduo comum não alcançará sem ter tomado umas boas doses de guitarra distorcida na infância ou adolescência (que hoje é uma infância prolongada). Além da distorção, a clareza de expressão de quem sabe do que está falando também faz parte do pacote. Não há rock desinformado, não há rock que não conteste, e não há rock colorido. O verdadeiro rock é formado de tons de preto e cinza, e quem o usa para fazer moda, profana suas raízes rebeldes. Não há rock sem noites mal dormidas,  horas intermináveis de ensaio, e choradeira de dono de boteco que não quer pagar o cachê. O Rock não é popular, é pra gente grande e para quem conhece a essência desta arte que sobrevive, com poucos e fiéis súditos. É suficiente. 

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