Eis que as fontes chamam,
em ruídos e clamores
Pelo som da voz que canta, ou cantaria
A elegia triste, da homenagem sombria
As fontes gritam em sãos ouvidos
Águas e vozes se derramam, atritos
Talvez a nós nada parecidos
Mudos, tristes, ensandecidos
E para você que canta
Sinta-se e reflita-se em fontes
Noites e deslumbres aos montes
Sereno, cansado, terno, dormes
Quais são as tuas fontes?
Vivas ou mortas, doces ou amargas?
Reflete nisso tua face sóbria
E passa a mim, tua voz,
para derramá-la em correntes águas...
E todos dela beberão.
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