terça-feira, 29 de julho de 2008

Sem cultura


Segue transcrição do blog do ex-deputado Roberto Jefferson:


O jornal Estado de S.Paulo afirma que organizações de defesa da reforma agrária e seus aliados no Congresso estão se articulando para dar maior segurança jurídica ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Instituído em 1998 por portaria do então ministro Raul Jungmann, o programa foi ampliado no governo Lula. De lá pra cá, seu orçamento foi sextuplicado: passou de R$ 9 milhões para R$ 54 milhões, como mostrou a reportagem. A articulação, liderada pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), maior beneficiário do programa, tenta criar uma espécie de blindagem, transformando o Pronera em política de Estado, com estrutura e orçamento próprios e menos vulnerável a oscilações políticas. No governo Lula ocorreu uma explosão dos cursos universitários oferecidos a assentados. Em 2003 havia 13 cursos, todos na área pedagógica, com 922 alunos matriculados. Hoje são 3.649 estudantes em 49 cursos que vão da Agronomia ao Direito, passando por Ciências Sociais e Geografia. Mas o que choca mais é que esses estudantes não enfrentam vestibulares comuns e não ingressam no ensino universitário por mérito, mas por indicação dos líderes sem-terra. E ainda têm um calendário escolar diferenciado, que lhes permite conciliar atividades acadêmicas com o trabalho no campo. Além dessa mamata, muitos ainda recebem uma ajuda de custo mensal de R$ 300. Tudo custeado com o meu, o seu, o nosso dinheirinho. É muita cara-de-pau!


Enquanto isso, a cultura vai se perdendo, guerreando pelas migalhas que caem da mesa do governo. No mínimo, vergonhoso.

Castelos de Areia


Há vagas, na excentricidade do primeiro hotel de areia do mundo, que já tem até hóspedes. Instalado na praia de Weymouth, em Dorset, sudoeste da Inglaterra. Por R$ 31,00 o pernoite, pode-se aproveitar a desconfortável instalação, que não tem teto, nem banheiro. As camas também são feitas de areia. O maior argumento a favor do empreendimento é que, pela manhã, as ondas batem na porta, sugerindo um ótimo jeito de acordar. O hotel ficará aberto até que a chuva o leve embora. Seria uma boa idéia, também, construir um Congresso Nacional de areia, que ficasse aberto só até a próxima chuva, afinal, a efemeridade da arte também a valoriza. Fica a sugestão.
Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ninguém esquece.



Clique na bandeira nazista e vá à interessante reportagem postada no Blog Acerto de Contas sobre os ataques neonazistas pela WEB na Alemanha. A chamada "extrema direita" está apavorando a esquerda alemã com perseguições reais aos antifacistas, antinazistas e outros anti. A ideologia nazista permanece, cercada pelo glamour dos contadores de história, imprensa e mídia que ficam o tempo todos se questionando sobre "como Hitler era tão amado?". Na verdade, muita gente se atrai pela dominância e organização da Alemanha de direita. Que se retenha o que é bom, e que se condene o que for nocivo, tanto de nazistas como de outras facções. Afinal, culpados somos todos, desde que nascemos.

A elegia da guerra


A troca de corpos e de soldados entre o Hezbollah e a Síria demonstra uma afetividade, mórbida, porém correta, na imensa e contraditória noção de sagrado no Oriente Médio. A importância de tal ato tem seu ápice no emocionante reencontro das famílias com os entes vivos, e no direito santo de se dar um final digno aos corpos dos falecidos, alguns da década de 70. Por mais demagogia que se perceba, no Brasil, a relação do Estado com seu povo debocha do direito dos parentes dos brasileiros desparecidos durante o regime militar. Longe da organização, respeito e cultura dos povos do Oriente Médio, que aos olhos ocidentais parecem ser primitivos, estamos nós, com nossa ignorância tirânica e depressiva, além, é claro, das lágrimas de crocodilo. Todos sabemos, os militares jamais devolverão corpos. O que realmente importa, por aqui, são as indenizações. Até já posso imaginar o epitáfio no enterro simbólico das vítimas no Brasil: " João da Silva Nascimento: 1956 - Despedida: R$ 2.000.000,00".

domingo, 20 de julho de 2008

O Ministro é um show!

Não tenho dúvidas de que o ministro da Cultura, o nosso estimado Gilberto Gil é um dos maiores nomes da nossa música. Cada vez mais ele prova isso, como no show que fará no Líbano, conforme noticiado no site da BBC. A musicalidade do ministro é sem fronteiras, e nada como uma boa música para que todos sintam-se afastados dos males do mundo. Por falar nisso, ele bem que poderia fazer mais shows no Brasil, afinal, estamos precisando "espairecer" também. Muito melhor do que a política cultural do governo, lugar de Gilberto Gil é mesmo no palco.
Clique aqui e saiba mais sobre o show no Líbano.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Você acredita no Diabo?


Se não acreditava, basta observar esta simpática espécie da Tasmânia, imortalizada no clássico da Warner. O bichinho é o maior carnívoro marsupial do planeta, o que também o assemelha ao próprio diabo, que aprecia muito as "coisas da carne".

Porém a BBC (website) sinaliza o perigo de extinção da espécie em função de uma doença que está alterando (quem diria) o comportamento sexual do diabo. Segundo a matéria, o coisa-ruim pode ser extinto em 20 anos. O curioso é que, reagindo à doença, o demônio aumentou sua capacidade de reprodução, gerando ninhadas numerosas, ao invés dos três filhotes (de cruz-credo) de costume.

Pois é, na Tasmânia, o capeta já está com os dias contados. Por aqui, como não existe diabo, não há com que se preocupar.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Uma tragédia anunciada

Não se pode negar o mérito de uma equipe como o Fluminense, que venceu grandes clubes como São Paulo e Boca Juniors para chegar à Final da Libertadores. Mas o que pesa, realmente é que havia uma real esperança de que o clube vencesse a competição! A Rede Globo e a ingênua torcida pó-de-arroz criaram uma fantasia da qual foram vítimas, jogando em casa, com inúmeros ingressos falsos e caros, com celebridades vestindo a camisa tricolor e, claro, com muito olho-gordo dos adversários. Renato Gaúcho insistiu em uma receita que só funcionou por acaso contra São Paulo e Boca Juniors, apostando que, sendo o futebol uma caixinha de surpresas, a qualquer momento pode surgir um gol salvador. Na hora do último pênalti, não vi nenhum daqueles cartazes escritos "Eu já sabia". Incrível. Alguém realmente acreditou neles.