Clarice Lispector é um marco da literatura brasileira. Um momento único entre os que se achavam eruditos demais e os sentimentalistas. Suas frases remontam à uma racionalidade emocionada, mesmo quando duros ou hostis. Clarice é um bom exemplo do que o hábito da leitura pode fazer, e nunca se preocupou em agradar. Não tornou-se uma chata domada pelos devaneios linguísticos do nosso idioma, como é comum acontecer, principalmente com nossos escritores mais "acadêmicos". Clarice era linda, fumava e não tinha problemas em falar coisas inaceitáveis, até mesmo para seus fãs. Além de suas maravilhosas criações, traduziu contos de Edgar Allan Poe, e obras como Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice.
Hoje é aniversário da sua morte. É mais interessante lembrarmos a morte de um vulto, por que na data em que nasceram não sabíamos quem eles seriam. Na morte, suas histórias são mais concretas. No caso de Clarice, gostaria eu de ter escrito seu epitáfio.
Clarice é um nome que não deveria mais ser tomado em vão.
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