Considerações sobre empreendedores cristãos

Lembrando que empreendedores cristãos não são somente empresários que vão à Igreja. São pessoas que merecem o respeito da sociedade por lutarem por suas convicções de maneira digna e sem maiores ideologias, acolhendo as diferenças, principalmente na Igreja Católica, tão rica em movimentos e pastorais que, diante disso, acabam confundindo-se com departamentos. Não é fácil ser empreendedor na Igreja Católica, por isso não posso deixar de citar as pessoas que conheço e que lutam pela renovação da Mãe Igreja.
Aqui em Curitiba, as obras da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Belém saíram do papel graças à força da Trindade, e da agilidade do Frei Bruno, que chacoalha o ambiente pastoral por aquelas bandas.
Na arte e na música católica, destaque para os dez anos de caminhada da banda Raquel, um verdadeiro ministério, que sobrevive no Espírito, aos ataques de vaidade que minam os artistas em geral. Excelentes músicos, dançarinos e pregadores que levam com fervor a palavra de Deus aos mais remotos lugarejos desta diocese e de outras.
No ano de 2002, pouco após entrar para as fileiras da Igreja Católica, vi nascer um projeto de empreendedorismo cristão, liderado por Daniel Godri Jr. Era uma empresa de eventos que levava o nome da comunidade Éfeta, que também nascia naquela época. Atribulações e desconfianças à parte, a empresa de eventos não deu certo. Porém o empreendedor Daniel continuou na luta e na convicção de que cristão morno Deus vomita. E cristão morno é aquele que não leva a sério e não tem visão empresarial nas coisas da Igreja. Visão que sobra nas denominações evangélicas e que, por isso, arrasta multidões para baixo das infra-estruturas pentecostais. Daniel, agora, dá mais um grande passo e abre uma loja de artigos católicos no Shopping Jardim das Américas. A loja Éfeta é um importante instrumento de disseminação do catolicismo, e tenho certeza que logo teremos mais empreendimentos vindos das boas idéias e do Santo Espírito Empreendedor que move Daniel e tantos outros.
Ficam minhas orações e votos para que, além de sucesso, muitas pessoas se elevem espiritualmente através dos produtos e serviços oferecidos.Que aqueles que não conheço, ou que conheço, mas não foram citados, sintam-se representados por esses grandes empreendedores. A sociedade precisa, cada dia mais, de cristãos sérios, críticos e ativos como eles.