O programa Roda Viva da TV Cultura, há pouco encerrou a entrevista com o comediante Rafinha Bastos, considerado uma das figuras mais influentes do Twitter e, certamente uma das figuras de maior carga midiática e polêmica dos últimos tempos na pobre televisão brasileira.
Reitero, mais uma vez a importância deste programa para o jornalismo do Brasil, e o quanto está sendo difícil vê-lo neste novo formato, que consegue ser mais sofrido do que as gravações feitas por Marília Gabriela, hoje, uma das melhores âncoras do jornalismo brasileiro.
Mais do que uma simples conversa que pouco produz em termos de conteúdo jornalístico, e que se valha a pena noticiar, mesmo aqui no nosso humilde blog, o Roda Viva sempre explorou seus convidados, provocou e se fez provocar em inesquecíveis momentos de pura imersão naquelas cabeças que pareciam se debater diante de tantas, e tão profundas questões.
Rafinha Bastos, assim como todos os outros convidados que vi este ano, colocou os convidados "no bolso", e teve uma hora confortável. Jornalistas que reclamam de formatos de programas estrangeiros, ou sempre apontam para as polêmicas populares, essa foi a temática, que pouco mostrou além do convidado que todos nós conhecemos, creio que até melhor que os jornalistas da bancada.
Rafinha bastos continua sendo comediante, independente de eu gostar ou não das piadas, faturando com isso, é uma figura pública e com certeza tem muito mais a oferecer do que os mesmos discursos da época em que fez a piada com a filha do Zezé.
Triste, no mínimo. Limite de Comédia? Análise sobre origem de polêmicas? Jornalistas negando a origem das polêmicas envolvendo celebridades? Rafinha, o que você sentiu naquele momento difícil?
Nós, pobres mortais, ainda somos consumidores de jornalismo, e os poucos formatos interessantes estão se autodestruindo no mesmo redemoinho das mídias de massa.
Aguardamos melhoras.